A história do surgimento do bairro Vila Franca está ligada às famílias da comunidade de São Roque. Por volta dos últimos anos da segunda década do século XX, as famílias Locatteli, Colonetti, Vassoler, Beloli, dentre outras, colonizaram a região.
Como toda pequena comunidade de interior, as famílias se integravam por laços de amizade e trabalho. Em certa oportunidade, dona Maria Locatelli Vassoler, contou em reportagem: “Antes a escola era em São Roque. A missa também lá ou em Forquilhinha. Aliás, eu acho que esse pessoal veio morar aqui em função de São Roque... havia poucos colonos e as casas eram bastante dispersas...Pascoal Colonetti, Natal Vassoler, Carlos Locatelli, Pascoal Locatelli, João Colonetti e João Vassoler.” (1)
Até o auge da exploração carbonífera no município, Vila Franca manteve seu perfil agrícola. A partir da apertura das minas de carvão, o bairro, como outros das redondezas, sofreu uma acelerada transformação urbana, que descaracterizou, em parte, sua original constituição. O crescimento demográfico promoveu o desenvolvimento urbanístico.
Uma comunidade muito religiosa:
“Comunidade muito religiosa, as famílias reuniam-se aos domingos para realizarem as novenas, sendo que estas aconteciam durante todo o dia. As famílias se dirigiam até o local com suas carroças e aranhas, conhecidas também como charretes. Durante as festividades havia também barracas de bazar e de doces, os quais eram feitos pelas próprias mulheres e também havia os agitados leilões, onde eram leiloadas pequenas coisas como bolos, corujas, galinhas e garrafas de bebidas...Hoje a comunidade construiu o centro comunitário, onde são realizadas as suas festividades, também campos de futebol para a sua diversão. Também, construiu-se uma igreja para reunir a comunidade em oração.” (2)
Com o esforço e a dedicação dos munícipes, em 1957, Vila Franca teve sua primeira escola, em terreno doado pelo senhor Natálio Vassoler, e que, em homenagem, leva o nome de seu patrocinador. Tempo depois, foram surgindo outros espaços comunitários. As famílias reuniam-se para a arrecadar fundos através de festas, leilões e doações particulares. Foram construídos, por exemplo, o centro comunitário e a capela, com o centro de catequese em anexo.
A capela foi levantada em um ponto estratégico do bairro, a escassa distância da confluência das duas principais rodovias da localidade, que possibilita um fácil acesso.Foi colocada sob a proteção de Nossa Senhora de Fátima.A parte interna da igreja está coroada com um venusto forro em madeira de cedrinho, que realça toda a nave, realizado por Junior Fritzen.