A comunidade de Taquaras foi uma das últimas a se formar no município. O popular nome da localidade deriva da existência desse tipo de bambu silvestre que predominava nas margens da sanga principal que passa por essas terras. Algumas das famílias pioneiras foram os Ramos, os Rocha, os Rezende, dentre outras.
Taquaras até hoje é um território exclusivamente rural, no qual as famílias residentes dedicam-se à agricultura, com destaque para a produção de arroz e de milho.
Por algum tempo, os fiéis participavam dos cultos dominicais e demais celebrações religiosas na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Maracajá, ou nas vizinhas capelas de Sanga de Engenho e de Santa Terezinha.
Por volta dos anos de 1970, a comunidade decidiu se organizar para levantar uma capela própria. A decisão foi tomada de maneira definitiva mais precisamente a partir de 1973, quando o senhor Presalino Manoel Ramos e sua esposa formalizam a doação de um terreno para a construção da escola. Ambas iniciativas, a construção da primeira escola, que levou o nome de “Escola Isolada Presalino Manoel Ramos” e a capela, se realizaram de maneira concomitante. Ambos os empreendimentos, educativo e religioso, consolidaram a formação da atual comunidade.
As primeiras festas para levantar fundos para a construção da capela, foram realizadas nas instalações da escola. Também houve a ajuda económica vinda de Alemanha, de doações de dízimos, através dos contatos eclesiásticos que Frei Jaime tinha naquele país, conseguindo parte do dinheiro para pagar os materiais de construção e a mão de obra.
Segundo o depoimento da senhora Rosane Gonçalves Zanoni: “Muitas pessoas colaboraram nas obras, tais como, Ramiro Benincá, Manoel da Cruz, quem fez doação do piso da capela, José Adriano Rocha, quem fabricou os bancos de madeira, e vários outros, homens e mulheres, integrantes da comunidade.” A capela, uma construção pequena e harmoniosa em suas formas e estilo, foi erguida com as doações e arrecadações de rifas, festas e eventos comunitários. A porta principal, de duas folhas, abre para o espaço do pequeno templo, com três janelas a cada lado, que iluminam calidamente o interior. Originalmente, foi pintada de cor amarela, de uma tonalidade chamativa. Uma última reforma externa mudo a cor, para uma tonalidade mais clara, que ajuda a destacar as três cruzes da fachada.