As famílias que no início do século XX começaram a se assentar no atual bairro Ouro Negro, em Forquilhinha, originariamente faziam parte da comunidade de São Roque.
ORIGEM DO BAIRRO OURO NEGRO
O atual bairro Ouro Negro esteve em suas origens ligado à comunidade de famílias de origem italiana que povoaram a localidade de São Roque, pertencente ao município de Criciúma.
Uma parte das terras dessa região: “...onde hoje está o Ouro Negro, até a pouco tempo pertenciam a Afonso Forgiarini, cujo genro, implantou o primeiro loteamento originando o bairro, por volta de 1970. Antes disso, pertenceram a seu pai, José Forgiarini, que as comprou de Antônio Ross, em 1912. Porém o proprietário original foi o irmão de Antônio, Stéfano Ross, vindo de Treviso (Itália) com três anos de idade, entre 1878 e 1880, com os pais Marco Ross e Catarina Belot. Em 21 de setembro de 1888, 18 anos depois que seus pais, Francisco Forgiarini e Judith com seis filhos partiram de Udine (Itália), nascia José Forgiarini em Rio Cateté. Vinte e três anos depois, em 1911, José casava com Stela Costa. No ano seguinte, comprou as terras de Antônio Ross localizadas em São Roque, onde hoje se acha o bairro Ouro Negro, em Forquilhinha. Em 1915, o padre José Berteiro reuniu os moradores para decidirem o nome do lugar. Seria São josé. Padroeiro de Criciúma, foi dispensado. Santo Antônio, também havia na região. Por fim decidiu-se São Roque por ser protetor dos animais. Nessa época os moradores eram as famílias Ortolan, Ross, Brolese, Pasquali, Tomazi, Colonetti.” (1)
Com a exploração do carvão na região, as características sócio econômicas da localidade mudaram substancialmente. Os primeiros loteamentos foram demarcando a extensão do bairro, que leva o nome de Ouro Negro, justamente, aludindo ao progresso trazido pela exploração do minério. A primeira mina aberta no bairro foi em 1964, num amplo terreno que se encontra atrás da atual igreja.
Por muito tempo, devido à proximidade física e ao relacionamento das comunidades, era frequente que as famílias de Ouro Negro participassem, preferentemente, dos cultos e festas religiosas na capela de São Roque, pois a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, no centro de Forquilhinha, resultava algo afastada. Até que, a mediados da década de 1980, realizaram -se as primeiras tratativas junto à Cúria para levantar uma igreja no bairro.